A historia de Kaeshi Strolheim

Eu me chamo Kaeshi. Kaeshi Strolheim e a minha história é a seguinte…

Eu nasci e cresci em Teziir, minha família era constituída apenas por mim e minha mãe, Wizari Strolheim. Minha mãe me criou sozinha, eu nunca conheci o meu pai e ela nunca me falou nada sobre ele. Nossa família era muito pobre e era comum nos passarmos necessidades, mas pelo menos tínhamos um teto para nos abrigar.

Porém quando eu fiz 10 anos, estranhos eventos começaram a ocorrer em casa, mais tarde eu descobri que era o início da manifestação dos meus poderes, minha mãe ficou bastante assustada e eu também, principalmente por que eu sabia que de alguma maneira eu era o responsável pelo que estava acontecendo. Com o decorrer dos dias as coisas só foram piorando: luzes brilhantes, sons estranhos e vultos eram freqüentes nas noites em minha casa.

Certo dia minha mãe me levou até uma velha curandeira.No local minha mãe explicou a situação. Eu estava próximo, quando a velha se virou para mim e disse:

– Ele! Esse garoto está causando todos os problemas!!! Livre-se dele se quiser ter paz novamente!

Minha mãe disse que aquilo não era verdade, que a velha estava louca e me levou e me levou de volta para casa, em casa ela me deu um abraço apertado e disse que aquilo tudo era besteira, eu sorri para ela, mas lá no fundo eu sabia que as palavras daquela velha tinham colocado dúvidas na minha mãe.

Os dias foram passando e minha mãe foi ficando cada vez mais afastada. Até que uma manhã, ao acordar chamei por minha mãe, mas ninguém respondeu, procurei por ela, mas não a encontrei. Eu sabia que ela tinha me abandonado, decidi ficar em casa para esperar que ela retornasse, mesmo acreditando que ela não ia voltar.

Fiquei 3 dias dentro de casa, chorando e esperando, mas depois de tanto tempo eu já estava faminto, mas tinha medo de sair de casa. De repente o silêncio foi quebrado por uma voz estridente, vinda da janela:

– Covarde!!!

Olhei assustado e vi um corvo empoleirado na janela que me olhava fixamente.

– Fo…Foi você que falou? Perguntei ainda não acreditando.

– Claro!!! Crááá!!! Você fala não é? Então eu também posso falar. Crááá!!!

– Mas… Mas você é um corvo!!!

– E daí!!!

– Bem… e que…

– Cala a boca!!! Crááá!!! Você vai continuar aí chorando ou vai fazer alguma coisa!!! Crááá!!!

– Mas…

– Saia!!! Saia e arranje algo para a gente comer!!! Crááá!!!

Sem entender muito bem, eu decidi sair e obedecer o corvo, apesar de achar loucura, mas de alguma maneira eu senti que tinha alguma ligação com aquele animal, além disso aquela parecia a idéia mais sensata no momento. Fui andando até encontrar uma feira e lá eu vi um homem com várias compras e comprando vários alimentos, pensei em roubar algumas maçãs, me aproximei e tentei pegar algumas, porém eu fui descoberto o homem segurou meu braço e gritou:

– Ei, Capitão!!! Eu peguei esse trombadinha tentando roubar nossa comida!

Eu me debatia com todas as minhas forças para tentar me soltar, mas não consegui, foi neste momento que apareceu um homem alto, robusto, pele parda e cabelos e barbas grisalhos. Ele se aproximou deu uma grande gargalhada e falou:

– Ora, não está vendo que o garoto só está com fome, vamos solte-o e de algumas maçãs para ele. Agora garoto saia daqui e volte para a sua mamãe!!! Disse ele com uma risada debochada já se virando para os seus companheiros e saindo.

Eu fiquei parado em frente a ele, talvez enfurecido por não ter conseguido as maçãs por conta própria e respondi em tom desafiador:

– Minha mãe me abandonou! Ela não me quer mais!!!

Ele parou por um momento, se virou novamente para mim e falou:

– Você tem coragem garoto. Eu também sou órfão e entendo o que é roubar por necessidade. E não é qualquer um que teria coragem de tentar roubar algo dos Tubarões de Tymora e ainda enfrentar o seu capitão. Eu fui com a sua cara, por isso vamos fazer o seguinte, eu deixarei que você nos acompanhe no meu grandioso navio, trabalhando limpando o convés, as suas refeições estarão garantidas contanto que você trabalhe direito e quem sabe um dia terá a honra de se tornar um Tubarão de Tymora.

Fiquei sem saber o que responder. Nesse momento o corvo pousou em meu ombro e falou:

– Nós aceitamos a sua proposta!!! Crááá!!!

Todos os piratas ficaram quietos por um instante, até que o silêncio foi rompido por uma grande gargalhada do capitão que falou:

– Esse corvo é seu garoto? Como ele se chama?

– Sim!!! O nome dele é Karasu! Falei esse nome, pois foi o primeiro nome que surgiu em minha mente e mesmo assim acredito que foi o corvo que me falou.

– Gostei ainda mais de você garoto!!! Essa foi muito boa, um corvo falante, será um ótimo mascote no nosso navio!!! Agora vamos garoto!!!

Eu os segui. Sem saber que aquele homem era o capitão Callahan Kraden, comandante de um grupo de piratas que se intitulavam como os Tubarões de Tymora. Naquele dia eu abandonei minha casa e qualquer chance e esperança que eu ainda tinha de reencontrar minha mãe.

Minha vida se seguiu no navio como um aspirante à pirata, com o tempo fui me sentido aceito pelos piratas, eles se tornaram a minha família. Enquanto trabalha ficava impressionado com as histórias que eles contavam sobre seus feitos e sobre aventuras que tinham participado. Aprendi tudo que sei e sou com eles.

Porém meu batismo de fogo veio quando fomos atacados por um navio inimigo e em meio ao calor da batalha que estava acontecendo em nosso convés, um dos inimigos partiu para cima de mim, naquele momento, talvez pela emoção ou pelo medo, eu manifestei um pouco de meus poderes e de minhas mãos esferas de energia voaram em direção ao inimigo, derrubando-o. Fiquei bastante assustado com o que tinha acontecido e tentei disfarçar esperando que ninguém tivesse visto, porém para a minha sorte Barret Haldir, o nosso músico tinha visto tudo.

Naquela noite, estávamos comemorando mais uma vitória e eu fui chamado até a cabine do capitão. Ao chegar lá vi o capitão conversando com Barret, quando eles perceberam a minha chegada, eles pararam de conversar e o capitão falou:

– Kaeshi!!! O que foi que aconteceu hoje?

– O quê? Capitão!!!

– Quero saber o que aconteceu durante a batalha?

– Nada!!!

– Não precisa esconder os seus poderes, Kaeshi. Barret falou interrompendo a minha tentativa de mentira.

– Barret me falou que você tem poderes. Ele diz que você pode dominar a Arte? Perguntou o Capitão.

– Não! Não é verdade! Eu não quero mexer com eles, eles só me causam problemas, foi por causa deles que minha mãe me deixou…

– Você não deve negar os seus poderes, você deve aprender a controlá-los para que eles não sejam mais um problema para você!!! Barret falou.

– Já está decidido!!! Barret tem razão! Você tem uma espécie de dom garoto e não deve negá-lo e nem esconde-lo, você vai aprender a dominá-lo. De hoje em diante você vai aprender a lutar, manejar uma besta e a controlar os seus poderes. Por isso conto com você Barret e também pedirei para que Nirwanda os ajude. Não aceito questionamentos garoto. Eu já me decidi. Já pode sair. O Capitão falou para mim com uma expressão séria que não era costumeira da personalidade dele.

E a partir desse dia meu treinamento foi iniciado e foi a partir desse dia que eu não era mais considerado o “garoto que limpa o convés” eu era um Tubarão de Tymora.  E assim se seguiu por 5 anos.

Até que um dia, um fatídico dia, o Capitão foi capturado sozinho e morto. Todos nós ficamos muito abalados, pois sabíamos que o Capitão era a alma dos Tubarões de Tymora. Depois desse trágico acontecimento os Tubarões se separaram e cada um seguiu o seu caminho.

E foi a partir desse dia que eu decidi seguir a vida de aventureiro. Viver a única vida que eu aprendi e me acostumei a viver, uma vida repleta de emoções e glórias, uma vida tão digna quanto foi a vida do Capitão.

1. Qual o nome do personagem?

Kaeshi Strolheim

2. Onde nasceu e onde mora?

Nasci e cresci na Costa do Dragão, mais especificamente na cidade de Teziir.

3. Como iniciou a vida de aventureiro?

Eu vivi dos meus 10 até os 17 anos com piratas, os Tubarões de Tymora, e aprendi tudo o que sei (manejar e atirar com uma besta, controlar minha magia, paquerar, beber…) com eles. Foi deles que peguei o gosto pela emoção da vida de um aventureiro.

4. Como conseguiu seus equipamentos?

Eu fui comprando aos poucos com o dinheiro que eu conseguia com os Tubarões.

5. Vive com os pais ou não? Qual o nome deles? Morreram?

Não mais. Minha mãe se chamava Wizari Strolheim e eu não sei o que aconteceu com ela depois que ela me abandonou. Eu nunca conheci o meu verdadeiro pai. E o meu outro pai (o que me acolheu e me criou como um Tubarão de Tymora) se chamava Callahan Kraden e ele está morto.

6. Tem amigos? Mantêm a amizade, contato? Qual o nome deles?

Claro. Mais que amigos. São meus irmãos da época dos Tubarões. Eles são Quint Vanara (19 anos), exímio arqueiro e contador de histórias engraçadas, foi ele que me ensinou a atirar com uma besta. Barret Haldir (27 anos), grandioso músico e contador de espadas, além de imbatível com um sabre, ele me ajudou bastante a entender os meus poderes e além disso foram suas histórias que me estimularam a explorar o mundo. E Nirwanda Verbena (23 anos), nossa clériga, estudiosa e sensata ela também prepara um ensopado de lula vermelha que, com certeza, é o melhor de todo o reinado de Faêrun, ela também me ajudou bastante no processo de entendimento de meus poderes (e também foi minha primeira paixão). Sempre que eu tiver a oportunidade de falar com eles, eu o farei. Sei que posso contar com eles e eles sabem que sempre podem contar comigo.

7. Qual a visão do personagem sobre sociedade? E como ela o vê?

A sociedade que eu conheci foi a da Costa do Dragão, com todo o seu caos e anarquia, sei que existem outras sociedades com um comportamento mais ordeiro que até devem funcionar, mas as coisas quando são muito perfeitas estão mais propensas a cometerem erros. Por isso acho que em algum até mesmo o ordeiro reinado de Cormyr pode se tornar uma caótica Costa do Dragão. Como eu vivi minha vida inteira como um pirata, com certeza não devo ser bem visto.

8. Tem sonhos? Quais?

Quero apenas seguir o caminho das aventuras e para onde elas podem me levar, e acumular o máximo de histórias, riquezas e emoções que elas possam me propiciar.

9. Quais os objetivos?

Busca por emoções e aventuras, tentar encher meu livro com informações dos lugares que passei e coisas que encontrei e vi, paquerar muitas garotas, acumular algumas riquezas e um dia, quando eu for digno reerguer a bandeira dos Tubarões de Tymora, mas isso… talvez… quem sabe…

10. O que aconteceu na vida do personagem e como esses acontecimentos influenciaram na moldura da personalidade?

Fui abandonado pela minha mãe, mas fui adotado e criado por piratas até o grupo se desfazer. Todos esses acontecimentos fizerem eu ser uma pessoa mais confiante.

11. Há alguma frase de efeito que o personagem usa?

“Silêncio!!! Sua ave idiota!!!”

12. Qual o hobby do personagem, o que gosta de fazer?

Adoro degustar uma boa bebida, paquerar donzelas e principalmente implicar com o corvo idiota.

13. Se alcançar seus objetivos o que pretende fazer depois?

Se chegar até onde eu quero, eu pretendo deixar que a vida e Tymora guiem meus passos e minhas ações.

14. Como pretende alcançar o objetivo?

Fazendo o que for possível.

15. Quais os principais medos do personagem? (Quem odeia, de quem tem medo)

Não há ninguém que eu odeie em especial, nem minha mãe e o que ela fez (acho que ela só estava assustada com o que estava acontecendo). Eu temo um pouco o desconhecido, mas é só até o medo se transformar em ansiedade por explorar o novo.

16. O que considera felicidade e infelicidade? O personagem é feliz?

Felicidade e você ter a liberdade para seguir seus impulsos e desejos. Infelicidade e você ser privado dessa liberdade.

17. O seu personagem acredita em deuses? O que acha da magia?

Acredito em Tymora e que ela guia e protege todos aqueles que se aventuram. A “arte” é um tanto quanto desconhecida para mim que sou apenas um iniciante e ainda não me aprofundei nos seus mistérios, porém já ouvi muitas histórias da sua grandiosidade.

18. O que o personagem acha que vai acontecer com o mundo?

Eu acho que ele vai continuar com o seu ciclo normal até o dia em que os deuses se cansarem dele e de nós e decidirem acabar com tudo. Heheheh…..

19. Inimigos e ressentimentos.

Não. Nenhum.

20. Conceito de amizade.

Amizade é você ter ao seu lado pessoas que você tem confiança e alegria em estar próximas e que você faria qualquer coisa por elas.

21. Se o personagem fosse alguém de extrema importância no mundo, o que faria? O que mudaria? Porque?

Acho que não mexeria em nada. Não gosto de interferir muito na vida dos outros, acho que todos devem aprender com os ensinamentos que a vida lhes dá. Mas se fosse para mexer em algo eu faria com que a pirataria deixasse de ser ilegal. Hehehe.

22. Como o personagem vê o dinheiro?

Dinheiro é bom, mas não é tudo.

23. Qual a virtude e o defeito do personagem?

Minha maior virtude é a confiança (sempre mantenho uma promessa) e se eu for com a sua cara, pode contar comigo para o que precisar. O meu maior defeito é o Karasu!!!

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